Empresários e gestores no elevado mister de administrar as organizações empresariais, são incitados a todo o momento para a tomada de decisões gerenciais. Como as organizações tornam-se cada vez maiores e mais complexas, elas necessitam do auxílio de instrumentos para a tomada de decisões gerenciais.
Embora o processo decisório gerencial envolva considerado suporte intuitivo e experiência profissional, uma quantidade crescente de decisões são subsidiadas e validadas por informações geradas pela contabilidade. A contabilidade é o sistema mais completo e confiável de informações quantitativas referentes às operações de uma organização, independentemente do seu porte e da sua área de atuação.
Temos observado que decisões gerenciais tomadas segundo métodos intuitivos, sem qualquer suporte de informações recentes sobre o assunto, estão em declínio, razão pela qual, a informação contábil, torna-se matéria-prima de qualquer decisão empresarial acertada. É necessário não só adequar-se às normas e ao mercado, mas também as inovações de sistemas de informações, que antecipem os fatos e façam análises de forma precisa e concreta para suprir as necessidades gerenciais.
Os gestores não podem se iludir com a falsa possibilidade de administrar uma empresa sem contar com um sistema de informação confiável. Seria como dirigir um carro com os olhos fechados. Você pode até avançar alguns metros, mas não tardará a ir ao encontro de qualquer obstáculo. Se quiser, no curto ou médio prazo, evitar desastres gerenciais, não há outra saída senão acercar-se de um bom sistema contábil que contribua com informações para a tomada de decisões com excelência.
Usuários da contabilidade
A informação contábil voltada para o público externo à empresa é demasiadamente compacta, expressa, fundamentalmente em relatórios, incluindo, balanços e demonstrativos de resultados financeiros consolidados, de publicação obrigatória ou não, utilizados por seus usuários, para fins fiscais, gerenciais, de avaliação de desempenho, de subsídios do processo decisório relativos a investimentos, alocação de recursos, planejamento e controle, ou, simplesmente, para o puro efeito informativo do público interessado em conhecer a empresa.
Esses relatórios são elaborados de acordo com a estrita observância de leis e princípios. Esse método faz parte da própria natureza da contabilidade, até porque, se não se subordinasse rigorosamente a regras externas à organização, não teria a confiança do público externo ao qual se destina e que não conta com o acesso a outros meios de confirmação da sua veracidade.
Contudo, a contabilidade não é, e nem poderia ser, desprovida de interesse para a administração da empresa. Como fonte de informações básica acerca das situações econômica e financeira da organização, bem como a evolução da sua rentabilidade, os relatórios financeiros da contabilidade oferecem suporte para cálculo de inúmeros índices e coeficientes omparativos, sempre fornecendo informações de inestimável valor para os gestores da organização, sugerindo, inclusive, falhas a serem corrigidas pela administração da empresa.
As informações contábeis são indispensáveis, particularmente, no que concerne às suas funções de planejamento e controle, incluindo a auditoria. Também são indispensáveis para o desenvolvimento do trabalho de precificação de produtos e serviços. Servem para demonstrar e comprovar a base de cálculo das obrigações tributárias às quais a empresa está sujeita, de interesse precípuo das autoridades encarregadas da arrecadação e de outras obrigações tributárias, particularmente daquelas empresas cujo Imposto de Renda é baseado nos seus demonstrativos de resultados.
Orientar o processo decisório
Para orientar as discussões preliminares à cerca das decisões a serem tomadas, revelando com antecedência, as consequências e a intensidade dos riscos envolvidos nas diferentes escolhas, é importante utilizar-se de, no mínimo, três alternativas para uma mesma decisão: uma realista, uma pessimista e, uma terceira otimista.
Na formação do processo decisório é necessário conhecer as características operacionais e a cultura empresarial; as condições legais, principalmente as fiscais; as sociais, inclusive as previdenciárias; e, de todos os demais aspectos que possam vir a ser afetados pelas decisões a serem tomadas, de forma que possam ser evitados problemas futuros, de grave importância.
Considere, sempre, nas análises, apenas os valores de maior importância, evitando desperdício de tempo com informações sem relevância. Nunca esqueça que as decisões acertadas não se baseiam exclusivamente, em dados numéricos, havendo muitas decisões que dependem da consideração atenta de outros fatores.
Manter o crescimento das organizações
A contabilidade é essencial às empresas pelo simples fato de que, sem as informações quantitativas que ela registra, sem os métodos e detalhes que emprega para atender às suas finalidades, não há como planejar e controlar as operações de uma organização, notadamente daquelas que pretendem obter lucros.
Segundo alguns historiadores, a contabilidade é tão antiga quanto à própria história do homem. Para muitos estudiosos, essa longa convivência entre o homem e a contabilidade é mais um forte indício da necessidade atual do sistema que utilizamos para manter sob controle o crescimento da riqueza de nossas organizações. Essa necessidade torna-se ainda mais evidente quando se nota que essa convivência é crescente e se generaliza na medida em que as organizações tornam-se cada vez maiores e mais complexas. Edição | LAB | 1808.
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