Está mais clara e objetiva a relação entre contabilidade, governo e empresas, graças ao avanço da tecnologia que permite acompanhar as informações contábeis dos contribuintes em tempo real e fiscalizá-las via internet, com redução de tempo e custos.
A Tecnologia da Informação (TI) simplificou a interface dos processos para compor uma rede integrada, transparente e segura. Essa mesma TI, que ficava restrita às grandes empresas, já pode ser usada inclusive pelas pequenas e médias com certa facilidade.
O Serviço Público de Escrituração Digital (Sped), junto com a certificação digital, é um exemplo de automação de processo que tem estreitado o relacionamento entre governo e iniciativa privada e modificado o papel dos contadores na prestação de contas e pagamentos de tributos ao fisco.
Essa mudança é um marco na história do setor. Tanto é que há teóricos antevendo o caminho natural do profissional de contabilidade, que se torna definitivamente com uma função gerencial, ou mais ainda, um consultor especializado em sistemas em rede.
Na opinião desses pensadores, as empresas de contabilidade estão entrando em uma nova fase, para oferecer serviços de maior valor agregado. Contadores, advogados, engenheiros, administradores, designers gráficos e técnicos em TI tendem a se tornar parceiros na execução de trabalhos específicos relacionados à gestão de informação e, assim, abastecer o empreendedor de subsídios para a tomada de decisão.
Nessa nova fase, pequenas e médias empresas poderão contar com serviços importantes desses especialistas, seja na área de gestão, custos, formação de preços, elaboração de planos de negócios, implantação de sistemas, planejamento tributário, controles internos, controle de estoques e ativos fixos, planejamento orçamentário etc.
No entanto, para atender a essa nova demanda, haverá a necessidade do contador buscar especialização por meio de cursos e treinamentos técnicos em áreas correlatas à contabilidade como administração, gestão de pessoas, marketing, idiomas, etc.
Consequentemente, vai aprofundar seu envolvimento com as empresas para as quais já presta serviços e se tornar um profissional de suma importância nesse novo relacionamento, por ser capaz de aplicar os dados que gera diariamente na elaboração de projetos, planos de contingenciamento e investimentos estratégicos, contribuindo com mais efetividade na geração de riqueza.
As empresas precisam se adequar à chegada do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e investir nos dispositivos que lhes dão acesso ao serviço. Seguem algumas vantagens do Sped:
▪ Representa iniciativa integrada das esferas federal, estadual e municipal e consiste na modernização da entrega das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores.
▪ É composto pela Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital, NF-e, e-Social etc., e subprojetos que estão em andamento.
▪ O sistema utiliza a certificação digital para fins de assinatura dos documentos, garantindo a sua validade jurídica apenas na forma digital.
▪ Não é mais necessário armazenar os documentos fisicamente, o que facilita os processos no futuro com redução da burocracia, da sonegação de impostos e papel.
▪ Possibilita, com as parcerias Fisco-empresas, planejamento e identificação de soluções antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias.
▪ A participação do contribuinte estabelece novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade.
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