Planejar é importante na gestão de qualquer negócio. Controlar, muito mais. Pouco adianta traçar planos se não for feito o acompanhamento dessas ações. Assim, planejar e controlar são os lados opostos de uma mesma moeda, mas que se complementam.
Avaliar o desempenho de qualquer atividade e/ou empresa é, portanto, de fundamental importância para orientar a tomada de decisão e sua condução no contexto competitivo em que se transformaram os negócios. Tal prática sinaliza se os negócios caminham de acordo com os objetivos planejados ou se necessitarão de modificações em seu curso.
Com relação a custos e despesas, por exemplo, a desorganização no controle afeta a lucratividade e pode, muitas vezes, enganar o empresário, ao ponto dele estar perdendo dinheiro quando pensa estar ganhando. O problema maior neste caso é quando ele nem sequer conhece as razões que o levam a esta situação.
Até determinado tamanho, a empresa pode até conviver com tal situação. No entanto, quando começa a crescer e gerar um volume maior de transações comerciais, ela acaba exigindo uma mudança de postura, as vezes até em condição emergencial, dado que se transforma em ingrediente fundamental para sua sobrevivência.
É fato que, muitas pequenas empresas não têm qualquer sistemática para operar seus custos. Esse resultado retrata uma realidade marcante: a forma intuitiva é, muitas vezes, utilizada na administração das finanças dessas empresas, inclusive sob forte pressão, com grande parte de seu tempo e esforços dedicados para apagar incêndios.
Não obstante tais resultados, por questões culturais, o brasileiro não tem o hábito de buscar orientação para melhor fazer a sua gestão financeira. Corretas ou erradas deve-se saber que tais decisões afetam rapidamente a competitividade de qualquer empresa.
Portanto, frente a estes apontamentos, qual a situação de sua empresa? Se você tem as respostas, parabéns e continue trabalhando com a prática do planejamento e, principalmente, dos controles. Do contrário, comece a pensar nisso desde já. Uma ação inicial e bem simples é reservar, diariamente, um tempo para examinar as contas da empresa.
Uma atenção especial deve ser reservada aos controles sobre as compras, vendas, folha de pagamento, bancos, contas a receber e a pagar, impostos, gestão de preços, margens de lucro etc., pois para vender bem é preciso, antes, controlar bem. Um erro cometido no passado pode não ser recuperável, dependendo de suas circunstâncias.
Quanto às ferramentas importantes para exercer a prática do controle sobre as finanças da empresa, há os índices operacionais e financeiros. Fazendo uso de dados obtidos através dos Demonstrativos de Resultados, Fluxo de Caixa e do Balanço Patrimonial da empresa, você pode acompanhar o seu desempenho e a saúde financeira.
Através deles a empresa pode exercer a prática do controle comparando seus resultados, por exemplo, com os índices obtidos pelas melhores empresas do setor, além de fazer uma comparação com os resultados, mediante sua evolução ao longo do tempo ou em dado período.
Os índices operacionais e financeiros se dividem em índices de liquidez, de lucratividade e de endividamento.
De maneira bem resumida, pode-se explicar que os índices de liquidez (ativo circulante / passivo circulante) determinam a capacidade para cumprimento de obrigações financeiras; os de lucratividade (lucro líquido / receita total) apresentam a rentabilidade das operações e o retorno financeiro das atividades da empresa; e, finalmente, os de endividamento (capital de terceiros / ativo total) retratam a relação entre os recursos que são proporcionados pelos acionistas e aqueles obtidos por meio de financiamento.
Se você não tiver conhecimento suficiente para a execução de alguns dos controles apresentados, recorra ao auxílio de profissionais especializados para colaborar na gestão financeira de sua empresa. O que está em jogo é a saúde financeira de sua empresa. Será que ela não merece o melhor de sua atenção? Empresa sã, empresário são!
Edição | 1512
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