Como será a empresa do futuro? Foi a pergunta que a IBM fez a executivos dos mais diversos setores, espalhados pelo mundo. O resultado, naturalmente, pode soar pretensioso às empresas que sentem certo receio quando ouvem falar em tendências, mas não às empresas que estão na ponta do processo de integração dos mercados.
O resultado da pesquisa tem sido a base para a estratégia da própria IBM. Os executivos foram escolhidos porque estão em permanente contato com seus clientes e percebem de antemão as demandas predominantes dos consumidores, além de atuar na captura de oportunidades de crescimento dos negócios.
Uma das descobertas da investigação merece destaque: Os avanços tecnológicos, ainda que intensos, não são capazes de dar conta das lacunas que aparecem exatamente devido ao excesso de informações que bombardeiam diariamente as empresas.
A pesquisa identificou que os consumidores estão cada vez mais exigentes e, por isso, as empresas precisam gastar cada vez mais para preservá-los. Isso é decorrência da democratização da informação e da conscientização de seus direitos, o que tem forçado mudanças no modelo corporativo e investimento em inovações e na estrutura, para otimizar a colaboração com os clientes, para não perdê-los.
O diálogo mais intenso entre as partes fortalece o relacionamento e captação precisa das expectativas. Mas para isso, as empresas sentem a necessidade de ser mais agressivas nas mudanças para fortalece essas parcerias.
Da pesquisa resultou ainda que as empresas do futuro estão ávidas por mudanças, querem ser mais inovadoras que a imaginação dos clientes, buscam a integração global, são desbravadoras por natureza e genuínas. Por isso elas são capazes de mudar rapidamente e com sucesso.
“Em vez de meramente reagir às tendências, ela as molda e lidera. As guinadas setoriais e de mercado são uma chance para adiantar-se à concorrência”. No quesito inovação, tentam se antecipar aos clientes e surpreendê-los.
Um detalhe que deve iluminar as pequenas e médias: As empresas do futuro procuram desafiar radicalmente seu próprio modelo de negócios para desestabilizar a concorrência. “Muda sua proposta de valor, subverte as abordagens tradicionais de comercialização e, assim que surgem oportunidades, reinventa a si mesma e à sua indústria como um todo”.
Nesse aspecto, as empresa brasileiras estão na vantagem, pela disposição de se ajustar aos novos tempos. A criatividade é uma característica forte do empreendedor nacional, elogiado, inclusive, por analistas estrangeiro. É preciso agora pensar no futuro e agir.
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